sábado, 22 de novembro de 2014

Crise da água e a crise de energia elétrica


Com a palavra os cientistas

O trabalho de cientistas, como Antonio Nobre do Instituto IMPE - Instituto  de Pesquisas Espaciais -IMPE relata como o desmatamento na Amazônia afeta o clima na Região Sudeste na postagem anterior. Segundo o IPCC- Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU , IPCC a temperatura média da terra subiu 0,7 grau entre 1901 e 2005. Assim, constata-se  que, não só o Sudeste do Brasil, mas todo o planeta passa por drásticas mudanças climáticas que, como consequência, provocam secas persistentes e chuvas intensas, em épocas do ano distintas e em regiões onde antes isso não ocorria.

Cabe aqui uma reflexão: a data base estabelecida pelo IPCC - 1901 coincide com o advento da Revolução Industrial nos países do Hemisfério Norte , chamados de países ricos, desenvolvidos. Portanto, embora, no caso do Brasil, as mudanças climáticas estejam ocorrendo, principalmente, devido ao desmatamento das florestas e matas  , são decorrentes também do processo produtivo que foi implantado desde o advento da "Revolução Industrial"  em nossa sociedade.

 O modelo de civilização que conhecemos ,atualmente, resultante deste processo industrial se utiliza de todos os recursos naturais  explorando-os à exaustão, além de causar poluição e degradação. Este processo produtivo foi implantado de  forma a liberar enormes quantidades de CO²  além de outros gases que provocam o efeito estufa e que tem causado o aquecimento da terra , dos oceanos , além de mudanças no regime pluviométrico e hídrico, enfim, um descompasso no clima global.

Embora, o impacto das mudanças climáticas seja eminente  e venha ocorrendo com mais evidência nos últimos anos, de acordo com os estudos e dados do IPCC, isso não foi suficiente para a conscientização da população sobre a importância da proteção do meio ambiente, prevenindo-se de uma possível crise ambiental. Não se percebia no seio da sociedade e, da parte dos políticos, uma real preocupação com o assunto, ao ponto de procurar estimular e incentivar a mudança dos hábitos de consumo, a utilização de alternativas de matriz energética, como a solar e a eólica e introdução de práticas sustentáveis para reverter os prognósticos de crise.

Esta postura é compreensível se entendermos que, o nosso modelo de civilização construído a partir da "Revolução Industrial" é calcado no liberalismo econômico que tem no lucro o seu principal pilar de sustentação e, para que se tenha lucro é preciso que haja consumo cada vez maior , o que gera a escassez dos recursos naturais e a degradação ambiental a medida que a população cresce.

Crise da água
A represa da Cantareira, no município de São Paulo, chegou em Novembro de 2014 , que é um mês que apresenta uma média elevada de índices pluviométricos, a 3% por cento   de sua capacidade hídrica e precisando usar a sua reserva técnica (o chamado volume morto) para garantir o abastecimento da população, segundo informações oficiais. Considerando que é um reservatório que abastece 1/3 da Região Metropolitana de São Paulo e 60% dos habitantes do município é fácil entender as proporções que o problema alcançou.

O reservatório da Cantareira foi  o mais afetado, pois é alimentado por rios de outras bacias hidrográficas  do Estado de de São Paulo e de Minas Gerais, mas os outros reservatórios dos seis sistemas da Região Metropolitana  de São Paulo, também, foram bastante afetados, não só por causa da estiagem , mas também , como o sistema é integrado, por estarem emprestando água para o sistema  Cantareira.

Crise Energética
Por sua vez , o sistema de geração de energia elétrica da Região Sudeste também foi afetado e já estamos sofrendo com a falta de luz em vários lugares da Região Sudeste e do Brasil ( a luz acaba sem aviso e depois volta sem que haja nenhum motivo aparente), isto porque a nossa principal matriz energética é hídrica e os reservatórios não tem água suficiente para gerar energia.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

alteração do regime pluviométrico do sudeste como consequência do desmatamento da Amazônia

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2014/10/1541080-amazonia-ja-esta-entrando-em-pane-afirma-cientista.shtml

Publico este link, fornecido pelo jornal a Folha de São Paulo, que nos remete a uma reportagem publicada neste jornal no dia 31 de Outubro deste ano de 2014 por Rafael Garcia, sobre  o alerta que faz o cientista bioquímico Antonio Nobre do Instituto de Pesquisas Espaciais - IMPE.

O alerta  se baseia em um relatório elaborado, por ele, a pedido  de ONGs ambientalistas coordenadas pela ARA- Articulação Regional da Amazônia. 

Neste relatório o cientista  ressalta que a floresta Amazônica não consegue mais exercer, com a eficiência de um passado recente ,  um dos serviços ambientais que a caracteriza, isto é , a capacidade de bombear oxigênio do oceano Atlântico para a América do Sul. Este importante serviço ambiental é responsável pela regularização dos índices pluviométricos do continente.
Segundo Antonio Nobre a falta de eficiência está diretamente relacionada com a degradação causada pelo desmatamento.

Este desmatamento crescente, segundo os estudos da entidade, é o evento responsável pelas alterações climáticas que hoje vivenciamos, com chuvas torrenciais em épocas do ano que não costuma chover e, que provocam enchentes,  assim como falta de chuva em outros locais onde ela é esperada naquela época do ano.

Conclui que, o continente e, principalmente, nosso país depende da floresta para a estabilização climática do regime pluviométrico, que é tão importante para alimentar os lençóis  freáticos que geram as nascentes que formam os rios tão importantes para o abastecimento,  além  de viabilizar as atividades econômicas, principalmente, a agricultura.
E explica  que a situação só se reverterá se o desmatamento for estancado e houverem políticas públicas que incentivem o reflorestamento não só da Amazônia como de todos os biomas  num processo de formação de grandes corredores ambientais.      

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Biomas do Brasil

Fonte: IBAMA

O IBAMA disponibiliza na internet, através de seu site,Ibama/siscom o mapa dos Biomas do Brasil, para que possamos compreender melhor a importância de proteger a nossa diversidade biológica, através da proteção dos ecossistemas.

O IBAMA tem em seu organograma um órgão criado através de um acordo com o Ministério do meio Ambiente chamado Centro de Sensoriamento Remoto, que desenvolveu uma ferramenta muito útil, para monitorar o desmatamento dos biomas brasileiros  via satélite chamado SISCOM – Sistema Compartilhado de Informações Ambientais. Esta ferramenta pode ser acessada via internet para consultas de dados geográficos. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Rumo a um novo modelo de civilização abraçando o tripé da sustentabilidade: economico, social e ambiental.

Rumo a um novo Modelo de civilização



Os sucessivos painéis do IPCC- Intergovernmental Panel on Climate Change , site do IPCC , a organização politico-científica criada em 1988 no âmbito das Nações Unidas (ONU) pela iniciativa do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)Programa Nacional de Meio Ambiente e da Organização Meteorológica Mundial (OMM),  site do World Meteorogical Organization, apontam que  a contínua intervenção  humana rompeu a capacidade de suporte do planeta, que vem lançando continuamente gases de efeito estufa com a exploração das diversas   atividades econômicas e, superou os limites de alterações aceitáveis na atmosfera terrestre.
Assim, como consequência,  se observa a  imprevisibilidade  climática afetando o regime pluviométrico, fazendo com que não se saiba mais ao certo quando choverá e quando virá o período de estiagem e, por quanto tempo,  irá persistir.O INPE- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, site do IMPE, que mede o índice pluviométrico no Brasil adverte que, observar a série histórica de pluviometria produzida até agora, não garante com absoluta certeza o que o futuro nos reserva. 


crise da água - soluções






Crise de abastecimento de água e as obras para solucioná-la 






Existem soluções de médio e longo prazo para resolver a crise da água que foram tomadas pela empresa de Abastecimento e Saneamento de São Paulo - SABESP com o apoio do governo do estado de São Paulo .



MEDIDAS DE MÉDIO E LONGO PRAZO:


A primeira delas é a construção de um novo sistema de abastecimento ,através de uma parceria público privada entre a SABESP e as empresas Camargo Correa e Andrade Gutierrez.
O sistema São Lourenço que vai trazer água da represa de Ibiúna formada pelo rio São Lourenço e trazê-la por 83 quilômetros até São Paulo, para abastecer o  oeste da Região Metropolitana de São Paulo. Seguindo o link abaixo disponibilizado pela empresa na internet encontra-se informações oficiais da obra. 

A outra obra que ainda depende de licenciamento e autorização da ANA (Agência Nacional de Águas) e da ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica) é a obra que vai transferir a água (5m³/s) da represa de Jaguarí (não confundir com a represa do Jaguari em Bragança Paulista) que situa-se na cidade de Iguaratá no Vale do Paraíba em São Paulo , para a represa do rio Atibaia que faz parte do Sistema Cantareira e que fica na cidade de Nazareth Paulista.


A SABESP ,através de parceria público privada , no reservatório do rio Taiaçupeba,  um dos reservatórios do  Sistema Alto Tietê, também concluiu obra para aumentar a disponibilidade hídrica em 7% dos sistemas integrados da Região Metropolitana de São Paulo. 



A SABESP também concluiu obra para aumentar a disponibilidade hídrica do Sistema Guarapiranga através da utilização do rio Taquacetuba, um dos formadores do reservatório Billings. 







Explicando os instrumentos do novo Código Florestal

01)
 a)RL - Reserva Legal; b)RA - Reserva Ambiental; c)APP - Área de Preservação Permanente; d)AS - Servidão Ambiental;e) AUR- Área de uso Restrito f) PMS-Plano de Manejo Sustentável (1- Regeneração; 2-Recomposição; 3-CA - Compensação Ambiental no caso de incidência de crime ambiental e ou de exploração de atividade potencialmente poluidora ;  4-Reserva Legal em Condomínio;5- Inventário Florestal 6- Atividade de Alto Impacto Ambiental; 7- Atividade de Baixo Impacto Ambiental; 8-Georeferenciamento i) SINCAR- Sistema de Cadastro Ambiental Rural j)CAR – Cadastro Ambiental Rural; k) PRA-Programa de Recuperação Ambienta;

Ler na íntegra

Perguntas e respostas esclarecedoras sobre a crise da água

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Interpretando o novo Código Florestal

        


Desde a entrada em vigor do Novo Código Florestal a Lei 12.651  em Maio de 2012 os tribunais estaduais têm reconhecido a sua constitucionalidade , determinando sua aplicação imediata..
Assim , as decisões em sede de direito ambiental de primeira instância que não forem de encontro às novas normas  não permitindo que a proteção ambiental seja plena e que a regeneração dos biomas degradados aconteça podem ser revertidas na Câmara Ambiental do Tribunal de Justiça. Os desembargadores já estão aplicando as novas normas..
A Lei 12.651 de 2012 foi regulamentada pela Instrução Normativa nº2 do Ministério do Meio Ambiente que instituiu a forma como proceder para elaborar e preencher o CAR- Cadastramento Ambiental Rural que trará ao Poder Executivo a realidade de 5 milhões e quatrocentas propriedades rurais brasileiras que começou a valer a partir de 06 de maio de 2014 e que foi recentemente prorrogada para 06 de maio de 2016.  
Além disso , o Decreto nº 8.235 de 05 de Agosto de 2014 deve ser observado ,pois ele regulamenta os principais instrumentos de implementação do Código Florestal: o CAR- Cadastramento Ambiental Rural e o PRA- Programa de Recuperação Ambiental.
O referido decreto trata da regularização das áreas de Preservação Permanente- APPs, de Reserva Legal,e de Áreas de Uso Restrito mediante recuperação, recomposição,regeneração ou compensação e para tal orienta que o proprietário primeiramente se insira no CAR.
Ler na integra

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Analisando a legislação hídrica federal nº 9.433 de 1997

O Sistema de Gerenciamento Hídrico- SIGRH já se encontra implantado na Região Metropolitana de São Paulo.  O sistema pressupõe que a gestão se apoie na dualidade :  órgãos gestores e instrumentos de gestão.
Órgãos gestores: 
CNRH - O Conselho Nacional de Recursos Hídricos, regulado pelo Decreto nº 4.613 de 2003, é um órgão colegiado , consultivo e deliberativo, integrante da estrutura regimental  do Ministério do Meio Ambiente e de composição tripartite (de acordo com a lei), integrado por membros do governo,  assim  seu presidente  é o ministro do meio ambiente que é assistido por um secretário e um representante de cada ministério,  por representantes dos usuários (empresas que se utilizam de recursos hídricos para desenvolver suas atividades)e, por organizações civis (representando setores da sociedade civil correspondente)    que tem competência para, se utilizando dos instrumentos de gestão, implantar a Política Nacional de Recursos Hídricos.
Secretaria Executiva- de acordo com o que dispõe os artigos 39 a 41 da Lei de recursos Hídricos,  presta  apoio administrativo ,técnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos- cuja composição também é tripartite assim como o CNRH  e tem como principal competência exercer a gestão dos Recursos Hídricos utilizando-se do instrumento de gestão:  Plano Estadual de Recursos Hídricos que tem que elaborar.
Comitês de Bacia- São os órgãos colegiados de composição tripartite com atribuições normativas, deliberativas e consultivas a ser execercida na bacia hídrográfica de sua jurisdição, sua principal competência é a implantação do Plano de Bacia elaborado pela Agência de Bacia do Estado correspondente e de acordo com a Agência Nacional de Água.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Atualização da legislação de Licenciamento do Estado de São Paulo

Decreto nº 47.400, de 4 de dezembro de 2002

Regulamenta dispositivos da Lei Estadual n° 9.509, de 20 de março de 1997, referentes ao licenciamento ambiental, estabelece prazos de validade para cada modalidade de licenciamento ambiental e condições para sua renovação, estabelece prazo de análise dos requerimentos e licenciamento ambiental, institui procedimento obrigatório de notificação de suspensão ou encerramento de atividade, e o recolhimento de valor referente ao preço de análise.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

atividades dispensadas de licença ambiental

 Atividades agropecuárias dispensadas de licenciamento ambiental, mas, sujeitas ao preenchimento e apresentação da Declaração de Conformidade da Atividade Agropecuária
Resolução Conjunta SMA/SAA/SJDC nº01, de 27 de dezembro de 2011, que revogou a Resolução Conjunta SMA/SAA/SJDC nº6, de 20 de dezembro de 2010, definiu que os empreendimentos e atividades abaixo listados, em função de seu reduzido potencial poluidor/degradador, ficam dispensados de licença ambiental, desde que:

- o interessado preencha e apresente à CATI ou, se pertinente, ao ITESP a 
Declaração de Conformidade da Atividade Agropecuária, e não impliquem em supressão de vegetação nativa ou intervenção em área de preservação permanente.


Declaração de Conformidade da Atividade Agropecuária deverá ser preenchida pelo interessado e recebida pelos seguintes entidades:

- Secretaria da Agricultura e Abastecimento, ou

- Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio do ITESP – Instituto de Terras do Estado de São Paulo, no caso de beneficiários de projetos de reforma agrária e remanescentes de comunidades quilombolas assistidos por ela.

Observação:
Novos projetos agropecuários, bem como ampliações de áreas de cultivo que contemplem áreas de ampliação acima de 1.000 (mil) hectares deverão, independentemente de sua natureza, ser licenciados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB.

Clique aqui para acessar a página eletrônica da CATI.

2) Atividades que não se caracterizam como Projetos Agrícolas e que devido ao seu reduzido potencial poluidor/degradador, não dependem de licenciamento ambiental e nem de manifestação da CATI

Resolução SMA Nº 74, de 27 de dezembro de 2011, definiu que as atividades listadas a seguir, em função de não se caracterizarem como Projetos Agrícolas de que trata o Anexo 1 da Resolução CONAMA 237/97 e de seu reduzido potencial poluidor/degradador, não dependem de licenciamento ambiental e nem de manifestação da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, desde que não impliquem supressão de vegetação nativa ou intervenção em áreas de preservação permanente:

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Os impactos ambientais causadores da crise hídrica e energética


Estamos vivenciando uma crise hídrica sem precedentes e até por causa desta crise da água, também, uma crise energética.
Neste ano de 2014, ficou claro que, a crise hídrica não foi causada somente pela diminuição do índice pluviométrico, pura e simplesmente ,mesmo porque o volume dos reservatórios já estava baixo quando ainda estávamos no período de chuvas  no começo do ano. A crise de escassez hídrica desencadeou-se  devido aos efeitos cumulativos dos impactos ambientais no meio ambiente provocados pelos processos produtivos das várias atividades econômicas e humanas exercidas no Brasil e, no mundo, de forma não sustentável. Esta crise tem sido amplamente divulgada pelos jornais desde 04 de maio deste ano. 

O Governador Geraldo Alckmin e a SABESP - Companhia de Saneamento e Abastecimento do Estado de São Paulo, site da SABESP decidiram por  não anunciar racionamento, como foi feito em 2004 e, decidiram utilizar a chamada reserva do volume morto dos reservatórios e, para isso, o governo do Estado instalou bombas flutuantes no reservatório de Jacareí- Jaguari do Sistema Cantareira, que podem transpor 2 mil litros de água por segundo. A Empresa SABESP através deste processo captará 190 bilhões de litros que representa metade do volume que é normalmente captado e, que, segundo a companhia, é suficiente para abastecer o norte da Região Metropolitana de São Paulo até Novembro deste ano, quando se espera a volta da temporada de chuvas. No começo de Julho de 2014 o governador de São Paulo autorizou obras emergenciais, para integrar os outros reservatórios dos sistemas da bacia do Alto Tietê além de aumentar a sua disponibilidade hídrica, como o reservatório do Sistema Biritiba-Mirim do Subcomitê do Alto Tietê ,que abastece a zona leste da Região Metropolitana , no reservatório do Sistema Guarapiranga do Subcomitê Cotia -Guarapiranga que abastece a região sul e oeste, reservatório dos Sistemas Rio Claro e Rio Grande do Subcomitê Tamaduateí -Billings , que abastece o ABC Paulista.

Desde  1981, contamos com instrumento de licenciamento que materializa o princípio de precaução e prevenção ambiental, com a aprovação da Lei do Meio Ambiente nº 6.938, Lei do Meio Ambiente, que recepcionou o princípio de sustentabilidade, em seu bojo, cuja definição foi construída na Conferência de Estocolmo na Suécia em 1972 com o Relatório Brundtland   em nosso Ordenamento Jurídico Nacional, respaldado pela nossa Constituição Federal, que, também ,recepcionou este conceito em seu art. 225.

Este instrumento é indispensável para proteger o meio ambiente da degradação.
Embora os ambientalistas e cientistas venham alertando, ao longo dos anos, sobre o perigo de não introduzir, nos processos produtivos, práticas que tornem sustentáveis as várias atividades econômicas e humanas, através da utilização do instrumento de licenciamento.

    

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia da Terra

O dia da terra, comemorado no dia 22 de abril, foi instituído na década de 1990, pelos americanos com o intuito de chamar a atenção para as mudanças climáticas causadas pelo aumento das emissões dos gases do efeito estufa devido a poluição.
Hoje em dia é comemorado, por muitos países, inclusive pelo Brasil ,que comemora seu descobrimento,  por Pedro Alvares Cabral, navegador português, no dia 22 de abril de 1500.
Nesta data, podemos ser levados a pensar que o nosso planeta tem sido degradado pelo homem, ao longo de todos estes  séculos e, que, portanto, não teríamos nenhum motivo para comemorar. No entanto,  ao invés disso,  gostaria de propor,  que vocês refletissem e lembrassem de todos que muito tem contribuído para  melhorar a qualidade de vida em nosso planeta lutando assim pela sua proteção. Eles se utilizaram e se utilizam de invenções e, ou de políticas publicas e, ou atitudes e posturas em sua vida cotidiana, que se concretizaram em suas áreas de atuação como práticas sustentáveis, que fizeram e fazem a diferença, para que a nossa vida seja cada vez melhor pois sustentável.
Meu desejo é que sigamos o exemplo destas pessoas e, acreditemos que é possível tornar nosso mundo  sustentável, para  que possa abrigar com boa qualidade de vida também as gerações futuras.
Hipertexto com o meu livro "Recursos Hídricos da Região metropolitana de São Paulo, a sua participação na gestão faz a diferença" disponível nas principais bibliotecas de São Paulo e com o marcador práticas sustentáveis.      

Dia da Água

Dia 22 de Março comemoramos o dia da água.
Todos nós sabemos que é um recurso indispensável a nossa sobrevivência.
Relevante, portanto, ressaltar a importância do planejamento estratégico em áreas e regiões onde este recurso é escasso, tanto por características físicas como por serem muito populosas como a Região Metropolitana de São Paulo.
Este ano de 2014 o consumo de água aumentou bastante e, os índices pluviométricos mostram que não teremos chuva suficiente para encher os reservatórios  e  continuar a abastecer, de forma eficiente, os habitantes da Região Metropolitana de São Paulo.
Cabe ao  Poder Executivo Estadual, através da empresa de economia mista a SABESP, planejar e administrar o abastecimento e o saneamento, não só da Região Metropolitana de São Paulo como de todo o Estado.
Observamos então que a estratégia tem sido a de trazer água de lugares cada vez mais distantes para poder abastecer a RMSP.
Se acompanharmos as notícias publicadas no portal do governo veremos que a estratégia a ser seguida pelo poder executivo será, em primeiro lugar, constituir um outro sistema, chamado de São Lourenço, a ser integrado aos cinco já existentes (Alto Tietê, Juqueri-Cantareira, Billings -Tamanduateí, Cotia Guarapiranga e Pinheiros-Pirapora).
O Sistema São Lourenço vai trazer água da represa de Ibiúna formada pelo rio São Lourenço  por 80Km até o município de São Paulo. O projeto foi possível através de parceria público privada e já está aprovado e licenciado, porém só estará pronto para operar em 2018. Este é também o prognóstico para um outro projeto, que está sendo estudado pelo governo de São Paulo, mas que, ao contrário do primeiro, ainda não foi aprovado e nem licenciado pela ANA (Agência Nacional de Água) e pela ANEEL ( Agência Nacional de Energia Elétrica)  : trazer água (5m³/s) da represa de Jaguari( não confundir com a represa de Jaguari em Bragança Paulista) localizada no município de Igaratá no Vale do Paraíba em São Paulo, para reabastecer a represa de Atibaia que faz parte do Sistema Juquerí- Cantareira localizada no município de Nazareth Paulista.
Como não poderemos contar com estes recursos hídricos até 2018  teremos que contar com a benevolência da mãe natureza para fazer os índices pluviométricos aumentarem e a chuva ser suficiente para garantir o nível dos reservatórios dos sistemas existentes para evitar o racionamento na Copa do Mundo de Futebol em Junho deste ano e nas Olimpíadas de 2016.
Graças a integração dos sistemas de abastecimento um reservatório pode ajudar o outro e, assim, até que os dois projetos acima descritos fiquem prontos, parece que será esta a solução  adotada pelo governo além de instituir multa de 30%, a partir de maio, para quem se exceder no consumo   :o Sistema Cotia-Guarapiranga ajudará ao de Juquerí- Cantareira  e o Tamanduateí-Billings ajudará o Sistema Cotia -Guarapiranga através do braço do Taquacetuba e o do alto Tietê através da represa de Taiaçupeba também.  Outra alternativa que foi pensada , mas ainda não utilizada, pois não foi autorizada pela ANA, é a de aproveitar o estoque chamado morto das represas e ou reservatórios.
A questão é que, se o racionamento tornar-se a única opção, não poderá durar para sempre e, assim, se faz premente convocar todos os setores da sociedade para debater e encontrar soluções eficientes até 2018.
Gostaria de aproveitar a ocasião para propor a minha:
Em primeiro lugar, uma interface eficiente com o poder municipal para constituir uma parceria no sentido de planejar o crescimento do município. Hoje em dia os alvarás de construção são concedidos pelo poder público municipal sem o conhecimento da SABESP  que só é contatada pelos empreendedores quando a obra é concluída para que  a empresa de abastecimento faça a ligação da rede de água , sendo que, muitas empresas  no decorrer da obra encontram o lençol freático e o abandonam através de mangueiras na rede de águas pluviais.
E em segundo lugar promover a adaptação, através de incentivos fiscais, dos edifícios e residências para que possam utilizar coletores solares e recolher e utilizar a água pluvial.
A população de são Paulo com certeza colaboraria e daríamos o primeiro passo para a mudança do modelo de civilização. hipertexto com marcador e também com o de práticas sustentáveis com o de recursos hídricos e com citações do meu livro " Recursos Hídricos da Região metropolitana de São  Paulo, a sua participação na gestão faz a diferença" ( disponível nas principais bibliotecas de São Paulo).
       

domingo, 30 de março de 2014

Propostas para o Modelo de Civilização Sustentável

É importante visitar os sites institucionais dos órgãos governaentais para que possamos ficar a par das políticas públicas brasileiras.

a USP- São Paulo site da Politécnica da USP e cientistas e ou professores da ESALQUE- Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz Site da ESALQUE para saber sobre as práticas sustentáveis na área da agricultura, gestão hídrica e outras práticas para a construção civil e gestão de energia e utilização de matrizes alternativas para complementar nosso parque energético.

Nestas instituições encontramos pesquisadores que encontram soluções para os problemas apontados pela sociedade.  Os cientistas  e professores   explicam que, não existe melhor momento, para que o governo brasileiro comece a priorizar as práticas sustentáveis, cuja tecnologia já dominamos, em todas as áreas da economia, de forma gradual e complementar, para evitar o estouro  da inflação com o aumento dos preços ,que os economistas previram, para depois das eleições deste ano.

É uma luz no final do túnel, para toda a sociedade brasileira, uma vez que, utilizando-nos das práticas sustentáveis de forma gradual e complementar reduziríamos não só a nossa dependência das matrizes energéticas atuais, como riscos de apagão, racionamento ou escassez de água como, também, reduziríamos os custos de produção, o que contribuiria para a redução paulatina da inflação.
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