quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Rumo a um novo modelo de civilização abraçando o tripé da sustentabilidade: economico, social e ambiental.

Rumo a um novo Modelo de civilização



Os sucessivos painéis do IPCC- Intergovernmental Panel on Climate Change , site do IPCC , a organização politico-científica criada em 1988 no âmbito das Nações Unidas (ONU) pela iniciativa do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)Programa Nacional de Meio Ambiente e da Organização Meteorológica Mundial (OMM),  site do World Meteorogical Organization, apontam que  a contínua intervenção  humana rompeu a capacidade de suporte do planeta, que vem lançando continuamente gases de efeito estufa com a exploração das diversas   atividades econômicas e, superou os limites de alterações aceitáveis na atmosfera terrestre.
Assim, como consequência,  se observa a  imprevisibilidade  climática afetando o regime pluviométrico, fazendo com que não se saiba mais ao certo quando choverá e quando virá o período de estiagem e, por quanto tempo,  irá persistir.O INPE- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, site do IMPE, que mede o índice pluviométrico no Brasil adverte que, observar a série histórica de pluviometria produzida até agora, não garante com absoluta certeza o que o futuro nos reserva. 




O setor do  agronegócio, fundamental para a sobrevivência humana é o setor da economia mais suscetível aos efeitos de mudança climática, pois utiliza-se de recursos naturais e depende de um regime hídrico e pluviométrico regular. Ao   constatar que não se pode mais prever com precisão os índices pluviométricos e conscientizando-se dos limites de recursos naturais do planeta,  necessário se faz refletir sobre os paradigmas econômicos ,as leis de mercado e os princípios de economia,  de forma a se  buscar práticas sustentáveis, para que  o setor do agronegócio possa continuar a cumprir sua função de forma eficiente .  

Interface entre a sociedade e o Poder Público

É necessário que os governantes do mundo inteiro se unam a todos os setores da sociedade e com as instituições financeiras para fomentar a conscientização e a reflexão para elaborar políticas públicas que proporcionem investimentos e recursos que ajudem a implantar práticas sustentáveis, não só no setor do agronegócio , mas em todos os setores da  economia.

Esta interface entre os governantes  e todos os setores da sociedade é imprescindível , mas a elaboração das políticas públicas que fomentem práticas sustentáveis a serem introduzidas no processo produtivo atual só será efetiva se forem levados em conta os indicadores de IDH-Indicadores de desenvolvimento humano ( 1- expectativa de vida ao nascer, 2-educação,e 3- PIB- Produto interno bruto per capta) de todos os países membros da ONU pelo programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, site da ONU, e os outros indicadores avaliados pelo IBGE- Instituto de Geografia e Estatística, site do IBGE além dos inventários que já estão sendo elaborados e apresentados pelo órgão ambiental de São Paulo  CETESB- Companhia de Tecnologia Ambiental, site da CETESB e de outros órgãos públicos correspondentes, caso contrário as medidas a serem implantadas ficarão desconectadas  da realidade.
É importante que o setor público e o setor privado, mais particularmente as instituições financeiras, avaliem e contribuam para orientar sobre os custos dos investimentos com a sustentabilidade e como proceder, para que o processo produtivo das atividades econômicas possa internalizá-los .


Este cálculo já se pode fazer em vários setores quanto o empreendedor decide investir para tornar sua atividade sustentável
Tomando-se como base de cálculo um dos custos mais relevantes de uma atividade econômica e seu processo produtivo :  custo da matriz energética sustentável que será utilizada, o custo do acesso a esta  energia,  a viabilidade de mudança e migração para a utilização de energia renovável e ou limpa, possibilidade de incentivo fiscais, financiamento existente e em que instituição financeira e qual o prazo de amortização do investimento para a empresa.

Abraçando o novo modelo  de civilização


O prazo de amortização e internalização dos custos  de implantação de práticas sustentáveis vai definir se a atividade econômica ,em questão ,será viável, considerando-se os parâmetros e princípios econômicos e as leis de mercado que  a sociedade pratica desde o final do século XIX e início do século XX. 

E a questão que se coloca é:  será que o empreendedor consciente da degradação  ambiental vai querer apenas tentar  adaptar o processo produtivo de sua atividade tornando-o mais sustentável ou vai inovar preparando o processo produtivo da atividade econômica que explora para um novo modelo de civilização?

Optar e proceder rumo a um novo modelo de civilização é uma decisão muito importante e ao mesmo tempo desafiadora, que o empreendedor não poderá tomar sozinho , pois é necessário que a sociedade, como um todo, esteja consciente dos limites do planeta e pressionem os seus governantes no sentido de elaborar todo um planejamento que seja eficiente, abrangente e  inclua mudanças profundas em toda a forma como a economia é exercida.

Atualmente, observamos o surgimento de iniciativas sustentáveis,  muito interessantes,  no mundo todo, que, embora, sejam setoriais são muito importantes para conscientizar a sociedade, mostrando que é possível mudar, é possível tornar o mundo sustentável e garantir nossa sobrevivência e de nossos descendentes  sem comprometer os limites do planeta o que , já se sabe de forma conclusiva, pelos estudos de todos os órgãos abalizados e seus respectivos inventários, acontecerá se nada for feito.

Concluindo,  o que dará o impulso definitivo  rumo ao novo modelo de civilização será a conscientização de todos os governantes  do mundo  da necessidade de abraçarem o tripé da sustentabilidade : economia, social e meio ambiente.

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